Maceió evolui em iniciativas voltadas à economia solidária

Incentivo ao negócio e caminhos abertos pela gestão municipal tornam a produção conhecida

A Prefeitura de Maceió tem avançado no fomento a iniciativas voltadas à economia solidária. O apoio a grupos que trabalham com a autogestão tem feito a diferença na vida de muitos maceioenses empreendedores. O incentivo dado ao negócio e os caminhos abertos pela gestão tornam a produção conhecida e garante o sucesso das vendas.

No Dia Nacional da Economia Solidária, comemorado nesta quarta-feira (15), o Município faz um balanço das ações exitosas e se planeja para novos desafios, que vão permitir melhor formação, qualificação e renda a quem milita nesta causa. Uma das metas, para o ano de 2022, é captar novos autogestores, fazendo uma busca ativa nas comunidades, com o propósito de ampliar o trabalho que vem sendo feito.

Gestão tem incentivado empreendedores em feiras itinerantes e em pontos fixos em dois shoppings. Foto: Bárbara Wanderley/Secom Maceió

A Secretaria Municipal de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) tem uma diretoria específica para lidar com esse segmento. O setor é responsável por formar e estimular a venda dos produtos. Atualmente, são 20 turmas cadastradas no órgão que se revezam em dois locais fixos de exposição da economia solidária: os shoppings Pátio (no Benedito Bentes) e Maceió (em Mangabeiras).

De acordo com o diretor de Economia Solidária da Semtabes, David Tavares, 97% dos grupos apoiados pela gestão são compostos por mulheres, com idades entre 30 e 80 anos, todas focadas no artesanato. As empreendedoras também participam das feiras itinerantes, organizadas pela Prefeitura de maneira esporádica e com toda estrutura para expor sua produção. A mais recente aconteceu no mês passado, na Praça Gogó da Ema, no bairro da Ponta Verde.

Foto: Bárbara Wanderley/Secom Maceió

“A gente busca incentivar, formar, atrair grupos para formação e o fomento da economia solidária. Hoje, os 20 grupos são focados no artesanato, com trabalhos manuais, mas já estamos buscando aqueles voltados para a agricultura familiar e no turismo comunitário”, destacou David.

Há dois meses à frente do setor, ele planeja, para o próximo ano, ir às comunidades em busca de grupos em potencial para enriquecer a prática da economia solidária em Maceió. “Também temos planos para oferecer oficinas de qualificação para vendas, qualidade de produtos e abordagem de clientes”, emendou.

Foto: Bárbara Wanderley/Secom Maceió

Para o secretário-adjunto da Semtabes, Ronaldo Targino, as alternativas criadas para o fortalecimento dos grupos de economia solidária estão sendo de grande importância para os empreendedores. Segundo ele, os efeitos da pandemia foram sentidos de forma muito agressiva nessas famílias e a gestão assumiu o compromisso de fortalecê-las nessa retomada.

“Durante o ano de 2021, foi necessário entender as necessidades dos grupos, dialogar com eles, mas, principalmente, de criar novas alternativas para fortalecer a economia. Nesse sentido, garantimos espaço permanente nos grandes shoppings de Maceió, criamos feiras itinerantes e vamos concluir as atividades na orla mais visitada do Brasil neste fim de ano. Assim, vamos fortalecer a economia dos grupos e apresentar nosso rico artesanato aos maceioenses e turistas que visitam nossa capital”, frisou.

Secretário-adjunto da Semtabes, Ronaldo Targino. Foto: Gabriel Moreira/Secom Maceió

Para se cadastrar na Semtabes, o grupo deve constituir um coordenador, que vai atuar como representante da comunidade. Ou, no caso de um único interessado, este pode se filiar a algum grupo já formado, caso desejem.

Cada participante precisa preencher um formulário, anexando documentos pessoais — RG, CPF e comprovante de residência — e a carteira do artesão, que é fornecida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur).

Autogestão

A economia solidária consiste no conjunto de atividades de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito organizadas sob a forma de autogestão. Pode compreender cooperativas, associações, microempresas, entre outros grupos que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, trocas, comércio justo e, principalmente, consumo solidário.

A prática favorece a geração de trabalho e renda, além da inclusão social, pois é centrada na valorização do artesão e do seu produto.

Thiago Gomes/Secom Maceió

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